segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sensibilidade e bom senso

Há questões de sensatez que serão essenciais a este Governo, sob pena de ser triturado não só pelos stakeholders de alguns sectores (justiça, saúde, educação, …), como pela máquina da Administração, que tem a imensa capacidade de boicotar um sem número de reformas, contra as mais férreas vontades dos legisladores e dos governantes. São muitas guerras que, se travadas todas ao mesmo tempo, não obstante os timmings do triunvirato e a urgência nacional, vão dar muito mau resultado. Há que ter os amigos perto, e os inimigos ainda mais perto...
Recordo o que já disse, imediatamente após as eleições, no Rua Direita:


domingo, 19 de junho de 2011

Nuno Crato, o novo Ministro da Educação


O Nuno Crato tem sobre o ensino um visão muito interessante - vale muito a pena ver o vídeo - e sobre o Ministério da Educação uma visão muito útil e esclarecida. Veremos se consegue desmontar o "Castelo" Kafkiano da 5 Outubro...

"Estala o verniz no Bloco", noticia o DN...

...mas, qual verniz?

Léxico de oposição

Liberal
Neo-liberal
Ultra-liberal
Falcão liberal

[Fumando ao Sol...] #4

Anne Archer

[Trabalho, trabalho, trabalho e mais trabalho] Pedro Mota Soares

Associação de Reformados da Póvoa - Odivelas (Maio 2011)


(Novo) Ministro da Solidariedade e Segurança Social a trabalhar, hoje em Arganil, no Congresso das Misericórdias, 24 horas depois de ter sido anunciado como Ministro, tal como 24 e 48 e 62 horas antes... O Ministério que ficou sem o "Trabalho", ficou com um Ministro que deixará, como marca, precisamente o trabalho!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Trabalho, trabalho, trabalho e mais trabalho

Temos Governo.

Solidariedade


Há uma coisa que um homem solidário, humilde e com sentido das proporções, na posição de Fernando Nobre, faria. E, se à solidariedade, humildade e sensatez, juntarmos ainda sentido de Estado, não sobra ao ‘candidato’ outro caminho que não renunciar à candidatura. Libertar Passos Coelho do compromisso assumido – e que este está disposto a honrar, arriscando a sua primeira derrota política, numa altura em que a força da sua liderança necessita de consolidação – seria o caminho recomendável a um homem leal, que estivesse mais disposto ao serviço que ao protagonismo e consagração pessoal.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

[Fumando ao Sol] #3

Diego Armando Maradona

Irresponsabilidade política ou olhar pueril sobre o real

A fé que alguns dos cessantes assessores governamentais depositam no futuro Governo (PSD/CDS) é tão grande que comove. O Primeiro-Ministro foi indigitado há pouco mais que 24 horas, o acordo de coligação apresentado esta manhã e o Governo ainda não foi apresentado, mas o aumento do risco e o consequente aumento dos juros da dívida, são já da sua responsabilidade; e é comovente (ou confrangedor) ver como transborda a íntima esperança destes socialistas em que o mero anúncio de mudança bastasse para resolver o problema do país.
Há duas coisas que saltam à vista: a primeira é o facto de parecer muito evidente a consciência que têm do mau trabalho que o Governo cessante prestou ao país, tal o efeito positivo que esperavam com o simples anúncio de mudança de ciclo político; a segunda, bem mais grave e reveladora de uma certa forma irresponsável e inconsequente com que governaram, a ausência de consciência que a solução para o problema – de que são os principais responsáveis – se fará com sacrifícios – muitos! – e demorará tempo – muito!

Right way #2...

(in)Justiça


Não pretendo, aqui, dar uma de moralista. Eu também copiei em provas, durante o meu percurso escolar; mas nunca pretendi ser Juiz! A magistratura, pelas funções que lhe estão atribuídas, pelo papel que desempenha na estrutura das sociedade democráticas e pelo exemplo que lhe é exigido, não se compadece, em circunstância alguma, com este tipo de comportamento.

O caso do “copianço” deveria ser suficiente para impedir o acesso à função por parte dos candidatos. Mas a “resposta” que o CEJ dá a este caso, para lá de insuficiente e grave no estrito plano da magistratura e do que é admissível para a função, revela, mais uma vez, um país pouco exigente, inconsequente e facilitista.

Right way...

Brinca, brincando...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

[Fumando ao Sol] #2

Bo Derek

No comments

Roubado aqui

Uma oposição responsável

Hoje, pela manhã, felicitavam-me, evocando Sá Carneiro, pelo feito "Um Presidente, um Governo, uma maioria". Respondi - tal como ontem já tinha sugerido aqui - que agora já só faltava uma oposição responsável.

Hoje, também o Cardeal Patriarca D. José Policarpo, vem chamar a oposição às suas responsabilidades:

É hora...

...Portugal não pode esperar!

Eutanásia: Francisco George, o Director-Geral da Saúde, apela ao debate

Francisco George apelou hoje a um debate sem límites sobre a eutanásia. Para início de conversa, sugiro uma entrevista que o João Delicado, sj, fez a Daniel Serrão. Uma entrevista a não perder, sobre a morte e sobre a Vida.

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terça-feira, 14 de junho de 2011

O 'Câmara Corporativa' e o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social

São muito estimáveis as preocupações do Câmara Corporativa, mas é caso para dizer: Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz!

[Fumando ao Sol...] #1

Clint Eastwood, em The Good, The Bad and The Ugly

Going down...

A Concelhia de Cascais, do PS, de repente ganhou especial interesse. Depois de João Proença, Fernando Montenegro e Alexandre Sargento também apresentaram a sua candidatura (aproveito para enviar democráticas saudações aos dois últimos, que conheço). Mas, olhando para os resultados das legislativas, em que o PS esteve a 5.000 votos de se tornar a 3ª força política do concelho,
apetece-me ouvir:

[Lido no Facebook] Piada poeirenta (com alguns 20 anos)

Se o Tó Zé for candidato eu voto Adolfo Palma!

O despudor, ou Pistas para uma oposição séria e responsável

Ouvindo ou lendo algumas personalidades ligadas ao PS (como o Alfredo Barroso, ontem na SIC Notícias, ou os Abrantes no Câmara Corporativa ou a inefável Ana Gomes no Causa Nossa, e outros espalhados um pouco por aí), ficamos com a estranha impressão que o ónus de tirar este país do atoleiro em que se transformou – e que o país pediu, nas eleições, que fosse a direita a fazer – é tarefa punitiva e factura de responsabilidade do Governo que ainda não tomou posse. Eu sei que o pudor é coisa que não abunda na vida pública, e sei até que na oposição, quando o Governo está incumbido de tomar medidas impopulares, é mais “quentinho” estar do lado do protesto e dos mais fracos. Mas há verdades elementares que convinha não esquecer e seria de todo o interesse (nacional) que a oposição – seja pela mão de Assis, seja pela mão de Seguro – fosse capaz de assumir as suas responsabilidades e se portasse à altura das exigências.


Determinação, trabalho, trabalho, trabalho e muito trabalho!

O Tiago "Saca" Pires, português, é 9º no ranking mundial de Surf. É obra!

A administração pública e a redução da despesa

O Correio da Manhã noticia a "ameaça [ao] emprego" a que a necessária reforma da administração pública pode conduzir:

Recordo o que já escrevi, durante a campanha, no Rua Direita, sobre o assunto:

O peso das áreas de apoio (Gestão de Recursos Humanos, Administração e Património, Gestão Financeira, Planeamento, Comunicação, Gestão de Informação, etc.) é elevadíssimo! Em cada organismo, por mais pequeno que seja, há estruturas desta natureza e dirigentes para estas funções. Vejamos, a título de exemplo, os organismos no perímetro do sector da Segurança Social. Temos uma Direcção-Geral de Segurança Social que não deve chegar a 200 trabalhadores, mais o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, com pouco mais de 500 trabalhadores, o Instituto de Informática com mais ou menos 600 trabalhadores, o Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social com “meia dúzia” de trabalhadores e o Instituto de Segurança Social, com quase 11.000 trabalhadores.

Cada um destes organismos, por exemplo, processa vencimentos com as suas aplicações próprias, com os custos de manutenção próprios, com os seus recursos próprios, com os seus métodos próprios. Nada o justifica. Que funções estratégicas, como a gestão de competências e/ou a gestão previsional de recursos humanos, se mantenham nos organismos, por força da ligação às áreas de negócio, ainda se compreende, mas tarefas de baixo valor acrescentado deveriam ser agregadas num centro único de processamento. Porém, não obstante esta possibilidade para alguns casos pontuais, em muitos casos faria sentido fundir integralmente (desde logo, com a consequente redução de estrutura e custos com cargos dirigentes) alguns organismos do mesmo sector; tal traria ganhos incontornáveis até ao Governo, que passaria então a ter menos interlocutores na Administração.
Há um caminho inexorável a percorrer; não se pode mudar, deixando tudo na mesma. E, a questão da (re)estrutura(ção), é precisamente aquela que poderá promover, na Administração, maior eficiência. Já quanto à redução de 'funcionários', a vaga de aposentações e o reaproveitamento dos Recursos Humanos excedentários de áreas de actuação extintas em favor de outras áreas de actuação deficitárias, contrariarão, muito provavelmente, o mais alarmante vaticínio da notícia.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Liberdade, de Fernando Pessoa, por João Villaret

Porque hoje é dia 13 de Junho

O momento presente, questões urgentes e declarações recentes...

No último post no Rua Direita escrevi o seguinte, e, considerando as negociações entre PSD e CDS em curso, as declarações da inefável Ana Gomes ou a excitação da desconhecida e insensata dirigente do CDS Beja, vale a pena revistá-lo, desta feita com alguns destaques a negrito:



"Os problemas da vitória são mais agradáveis que
 os da derrota, mas não são menos difíceis."
Sir Winston Churchill

As circunstâncias não permitirão dispersões do que é importante, não obstante a pressão que uma certa baixa política fará para que o debate político se perca com pequenas intrigas; desde logo na constituição do Governo.

As circunstâncias não permitirão recuos no caminho a seguir de ganhos de eficácia e de redução de despesa que urge garantir em toda a Administração Pública, não obstante as manifestações e movimentações que os diversos interesses não deixarão de fazer em seu próprio proveito, em detrimento do bem comum; desde o Poder Local, aos Gestores Públicos, passando pelos diversos interesses sectoriais, os fornecedores de bens e serviços, etc...

As circunstâncias não permitirão e é fundamental que o Governo também não o faça.

O que se pede a Pedro Passos Coelho e à equipa que ele convidar para o acompanhar nesta travessia do deserto, se os desafios que se nos colocam forem para vencer, é um trabalho de uma exigência sem igual na história recente do país.

Os Ministérios e as Secretarias de Estados devem ter lideranças fortes, emanarem caminhos inequívocos e serem promotores de agilidade nos processos.

Os gabinetes não podem ser plataformas de acção partidária, mas antes estruturas tecnicamente virtuosas, com fortes conhecimentos da administração e, necessariamente, da confiança política do Governo.

Na gestão de topo – e na intermédia – da Administração Pública há profissionais competentes, independentemente da sua filiação partidária, e a caça às bruxas não é recomendável, porque não é justa, não é eficaz e tem custos elevadíssimos. A substituição dos boys deverá ser uma tentação a não ceder. Mas quem, dos que estão, não tiver competência, alinhamento ou vontade para o caminho que se lhes pede, deve ser prontamente substituído.

O que aí vem é exigente, pode angustiar e vai fazer sofrer, mas deve ser perspectivado, mais do que como uma necessidade, como uma oportunidade de reforçar a competitividade de Portugal.

(...)

Regresso

Depois do simpático convite - e da satisfatória experiência - para participar no blog colectivo Rua Direita, resolvi regressar à blogosfera, com este blog.